Real or fantasy





Ele amo-a assim que a viu, não teve duvida do que sentia, apesar de dois anos mais velho isso não impediu de se declarar aquele moça do 6º ano, os anos passaram e ele nunca deixou de a amar, esteve lá sempre, mesmo quando ela lhe batia ou o mandava para trás. Ele dizia-lhe que quanto mais lhe batia, mais ele gostava dela. Melga era o que ela lhe chamava e ao fim de dois anos ela tinha um carinho por ele, quando ela descobriu o que sentia, esperou que ele aparecesse como todos os dias. Não pense que ele não apareceu e que ela viveu amargurada, porque não, ele apareceu ele estava lá como tinha prometido, como sempre tinha sido para eles os dois. Ela abriu o seu coração a ele, e ele disse que tinha de partir que os pais simplesmente iam mudar para outro país, então ela jurou nunca mais gostar de ninguém. Os anos passaram, e por muitos que as amigas a juntassem ela não queria ninguém para além daquele que ela tinha no seu coração.
Ela arranjou então um rapaz que estava disposto a dar-lhe todo o amor e carinho e cuidar dela, ela arriscou pensou que já era loucura esperar por um rapaz que não viria, ela tentou mas o namoro não resultou, ela sentia-se mal por parecer usá-lo e isso magoava-a, por ser culpa dela.
Deixou então aquela escola, entrou numa outra onde passou por mais umas praxes, pensando que devia dar tempo ao tempo, que o coração iria dar um toque quando ela voltasse a amar, mas o rosto do rapaz na sua cabeça ao acordar e ao deitar era o mesmo constantemente. O certo é que esse rapaz apareceu no fim da semana de praxes sem saber o que fazer ela sorriu envergonhada, e ele nada disse pensando que provavelmente ela iria bater-lhe, ou por ele não lhe ter dito que afinal tinha ficado no país ou porque possivelmente teria deixado de gostar dele e voltar aos tempos em que lhe batia. Ele era um cavalheiro, transportava os seus cadernos e falavam como velhos amigos até à próxima aula dela, o certo é que ela ainda gostava dele mas não sabia o que ele sentia. Certo dia tudo mudou, ela queria respostas, mas sem saber como em vez de perguntar beijo-o, um beijo tão simples e romântico que foi o ponto de toda a relação deles.
E adivinhem, como tudo terminou?!
Não eles não são dois velhotes, com muitos filhos, são adultos hoje em dia, com vidas em separado, com perguntas sem resposta, a uma relação mal terminada.
Ela descobriu que dar uma segunda oportunidade é apenas uma vez, porque uma segunda segunda oportunidade, já se torna demais.
Quando uma pessoa muda, nada à para recuperar dela a não ser memórias.
Eu não sei o que ele aprendeu, mas certamente espero que tenha entendido que todas as vezes que pensou que ela lhe mentia esteve errado. Ele seguiu com a sua vida, enquanto ela ficou esperando que ele voltasse, mas não voltou, e não ficou contente quando ela segui-o com a sua vida, mas o certo é que em vez de a culpar por não chorar mais por ele, devia culpar-se por te-la deixado escapar.

Então eu não preciso perguntar o que aconteceu com eles, certo?! Porque é assim a vida.

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